Tuesday, March 30, 2010

As Naus II - Antonio Lobo Antunes


"O resto eram bares barrocos e restaurantes caros, o macio desgoverno do conhaque, e às nove da noite o Jardim que se assemelhava a um cenário pintado à espera da representação que nunca iria haver, com uma figurante idosa a passear de tronco em tronco o cãozito todo jubiloso de mijos fraternos.."

(...)
...e decidiu que o pai, que fervia na urna um bulício de minhocas, teria de contentar-se com um enterro furtivo, à noite, nas sombras que os cemitérios esquecem junto aos muros, onde a erva é mais alta que o olhar dos coveiros."

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