Tuesday, October 27, 2009

Amsterdam. Ian McEwan III


"Each day he made attempts, little sketches, bold stabs, but he produced nothing but quotations, thinly or well disguised, of his own work. Nothing sprang free in its own idiom, with its own authority, to offer the element of surprise that would be the guarantee of originality."

(...)

"We know so little about each other. We lie mostly submerged, like ice floes, with our visible social selves projecting only cool and white. Here was a rare sight below the waves, of a man's privacy and turmoil, of his dignity upended by the overpowering necessity of pure fantasy, pure thought, by the irreducible human element - mind."


"Cada dia ele experimentava, pequenos esboços, tentativas arrojadas, mas não produzia nada além de citações, bem ou mal disfarçadas, do seu próprio trabalho. Nada surgia livre em sua própria lingua, com autoridade própria, para oferecer o elemento de surpresa que seria a garantia de orginalidade."

(...)

"Sabemos tão pouco uns dos outros. Existimos quase completamente submersos, como icebergs, nosso eu visível projetando apenas brancura e frescor. Aqui estava uma visão rara por sob as ondas, da privacidade e desordem de um homem, sua dignidade subjugada pela irresistível necessidade da pura fantasia, do puro pensamento, por esse elemento humano irredutível – a mente."

- Tradução: Iran Rodrigues

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