Longe dos predios anos 50 da administração federal, longe dos casarões espalhados nas beiradas do lago, Brasilia é recheada de sinais indicando a elementos de sua historia demografica recente. Uma cidade de imigrantes em varios níveis: desde os nordestinos vindos na poeira dos tratores cinquenta anos atras, até a classe média elevada a funcionalismo público federal ou distrital, transportada em mala, cuia, cadernos de estudos, e publicações preparatórias para exames de admissão à carreira pública, para pleno cerrado central.
Então eu saio a andar pelas quadras do Sudoeste, por exemplo, e descubro, espantado, a quantidade enorme de salões de beleza espalhados. Apinhados: dois, tres, quatro, cinco até, por quadra. De onde vem a demanda por tantos salões de beleza? Da população jovem, solteira, chegada a não-muito tempo de outras paragens. Ao regime de trabalho de seis horas, que deixa sempre tempo livre para refazer as unhas, arrumar o cabelo, antes de almoçar no self-service perto de casa e partir para o trabalho.
Retraco meus passos pela mesma região, escarafinchando cantos de quadras, superblocos, ruas sem saída: nessa região cara de morar - para uma classe média recém chegada - com filas enormes de potenciais inquilinos em busca de apartamentos para alugar, é impossível encontrar uma livraria. Nem um sebo, sequer.
Tuesday, October 27, 2009
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